era como um carrapicho quando gruda em roupa, era meu amor por ela, amor comum de amiga, que acabou deixando grandes incógnitas. Foi numa noite terrível, onde não tinha sol pra se esconder nem nuvens pra não o abriga-lo, nesse dia eu me arrependi e aprendi que acreditar não é fácil, cada pessoa contém uma personalidade, outras muitas por sinal e isso me deixou completamente atordoada. Contar segredos pra alguém é algo muito sério, é onde você deposita toda sua confiança, uma amiga é praticamente uma caixa com sete cadeados, onde a minha amiga só tinha um, daqueles bem frágeis que não aguentou por muito tempo e se quebrou. Confiar é um ato sensacional, aprendi a confiar em mim mesma, daí passei a dar mais valor ao que eu jamais tinha pensado em dar, EU. Sei e como sei, poder confiar em alguém é ótimo, parece que você se sente mas segura, parece nunca desmoronar, eu sempre pensava nisso e quando o cadeado se partiu, veio então a parte que tinha demorado a chegar, noites chorosas, dias descoloridos. O final das contas é sempre a aprendizagem e a cicatriz que marca, mas confiar em si mesma antes de tudo e todos é ter mais de sete cadeados prontinhos a se fechar.
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