• MODA
  • LOOK DO DIA
  • SOBRE
  • EQUIPE
  • CONTATO
  • FAQ
  • domingo, 17 de outubro de 2010

    O amor, Depois do adeus. cap II

                                                                                  Capítulo I  .  Capítulo II
                                                                                                                       Posando as minhas lágrimas
     __ Não brinca, sério? e o que ele falou?

    falei apressada, curiosa e com a voz completamente tremula, o choro ainda não havia ido embora.

    __ Ele me perguntou se você tinha conseguido chegar bem em casa. Há, Rafaela, você deveria ter pegado leve com ele ontem, vocês terminaram mais não tinha que ter sido daquela forma, ela ainda gosta de você, a história da sirigaita deve ser mentira, ele deve querer te testar.

    O que me dava mais raiva da Clara era o otimismo dela,  ela era impaciente com as coisas, ela sempre queria me ajudar falando um monte de blá blá, que eu sabia que não era o que estava ou poderia ocorrer.

    ___ Clara olha pra minha cara, tudo bem que voce não pode olhar, mas... meu anjo, me imagina, imagina aquela cara inxada criando vida, agora vê se eu vou acreditar que ele não esta gostando da Suzana.

     Eu e o Caio haviamos brigados, é... eu sei que vocês sabem, mas eu e eles brigamos na noite anterior porque ele tinha me dito que não podia mais continuar comigo, que nós dois tinhamos mudado, que nosso namoro esta caindo na rotina e ele queriar ter um tempo pra pensar, mas queria esta livre neste tempo, pra esfriar a cabeça. Depois ele virou as costas e eu cai em prantos, até que chegou o Gú, amigo dele e disse que eu já devia esperar isso do Caio, que a Suzanna não estava ali a toa. Agora eu te digo, eu ouvindo isso tudo, com o coraçãozinho quase pedindo arrego, iria acabar na frente da TV , comendo pote de sorvete, assistindo a um filme de comédia romântica que nesses momentos de comédia não tem nada, e em cada parte um choro significante. 5 seg depois ... "Hooo mãeee, traz um lenço" ... 2 seg depois "Eu sabia que assistir a isso não ia dar certo" 1 seg depois... Tá, já ta bom, eu sei que vocês entenderam que eu vou chorar a cada segundo. Mas isso é fato, a Claro não entendia esta idéia.

    __ Rafaelaaaa.... (gritou) ele foi burro mas você mais ainda de ter tirado satisfações ao berros com ele depois que o Gú te disse a história da cobra idiota, ai Rafa não consigo falar o nome dela, amiga.. parece que foi comigo, to quase tendo um trecão aqui, estou asfixiada com essa história, você era tão bobinha por ele e ele por você.

    Nesse momento eu interrompi a Clara.

    __ Clara, já deu pra arrancar um sorrisinho de mim, que drama, cara! Mas ta bom, eu preciso respirar amiga, então vou ver algo que me deixe bem por aqui, eu ligo pra você mas tarde, ou a gente se vê.
    __ Tá ok amiga, me liga mesmo, vou esperar, beijos.

    A Clara era engraçada, tinha um jeito cativante, gostava de estar presente nos momentos da minha vida, até no 1° dia que menstruei, quer dizer, virei mocinha, um pouco mas meigo né? Agora eu tenho 18 anos e ela 17, cheias de problemas, dos mais diversos incluindo esse, mas nossa amizade é forte.

                                                            Agora não, pai!

     Depois de eu ter falado com a Clara,  sosseguei na minha cama, comendo um pote de sorvete sozinha e vendo TV, era o momento mais triste de uma menina, olha que eu não sou tão sentimental, so chorei algumas vezes que minha unha quebrou, entre outras bobas. Tá eu sou sentimental, mas isso não vem ao caso agora, até porque toda menina no meu lugar estaria radicalmente arrasada, que sentimento tolo, é um sentimento tão cruel, uma vontade enorme de contar pro mundo o que você sente, de dar gritos no escuro, vontade de saber que eu tenho alguém ali, nada, nada podia me confortar, eu havia criado muros em vez de pontes e isso não foi nada consolador. Enquanto eu via Tv comecei a ouvir uma gritaria, estava meio abafada, não dava pra identificar, abri a porta do quarto lentamente, e vi, o que a gente não espera em nenhum momento ver quando se está assim.

    __ Paaa(...)aaai. Gritei. Para, Para com isso.

    Era meu pai e minha mãe brigando, novamente, no mesmo quarto e nas mesmas posições, um na frente do outro colocando o dedo na cara, e eu olhando aquilo tudo, tendo que ser maior que eles e adulta o suficiente, para suportar o que eu estava passando e separar a briga de leões. Fui andando em direção ao quarto deles, e gritei:  __ Cheeeeega, parem com isso, parecem duas crianças brigando por bonecas, qual o problema de vocês?
    Eles se calaram, acredito que não imaginavam que eu ia ter essa atitude, nas brigas deles eu sempre me esquivava e chorava, porque eu tinha medo do meu pai e também pra ver se eles paravam mas rápido, já que nunca dava certo eu tentei outra tática, que foi infalivel, GRITAR! Minha mãe ao ouvir meu berro, sentou na cama e me pediu desculpas, meu pai pediu uma desculpa meio seca, que quase não deu pra ouvir e saiu de casa, batendo a porta. Pra variar a situação, adivinha. Minha mãe e eu chorando, agora eu não sabia se chorava por mim ou por ela, quase que falei: "vamos montar um time, mãe" nem vou sugerir o nome. Era de tarde quando tudo isso deu inicio, em um domingo ensolarado e triste. Depois de ter consolado a minha mãe eu me retirei e fui andar, perto da minha casa tinham praças, as vezes aconteciam recreações, outras campeonatos pequenos de sakate, mas para os meninos do bairro, eu gostava de participar, Caio as vezes me ensinava a andar de skate, eu me esborrachava e ria, fui lembrando um momente de coisas enquanto andava pela rua, por exemplo quando a gente brincava de pegar o canudo, sugar água e tacar no outro, nós riamos feitos bobos, tinha vezes que viamos filme de conchinhas, outras a gente compravamos guloseimas e engorduroseimas, so faziam crescer a pança, mas eu adorava. As minhas lágrimas caiam, pigavam no asfalto meio desgovernadas, eram lembraças, lembraças das quais cutucavam minha sensibilidade. Eu sabia que eu iria vivenciar dias tristes, os tres primeiros iam doer mais, minha mãe disse que no quinto muita coisa passa e a gente percebe que não sabemos quase nada, cada choro é uma nova lição.


                                                          5 dias depois...

    "aaaai meu Deus, Dankan Bendler aqui, no Brasil, que máximo... eu tenho que ir, lá lá lá lá lá lá, eu vou" pensei. Dankan é o vocalista da banda DJ que vai vim fazer show em uma casa de shows aqui perto da minha casa, e essa seria uma oportunidade única de eu esquecer o Caio e conhecer outras pessoas, já que ele nem ligou, muito menos deu a mínima pra mim. Era hora de eu recomeçar.

    (continua)

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário

    Divida conosco sua opnião.